Breve biografia de Fernando Perfeito de Magalhães e Menezes de Villas-Boas
(em construção)
Fernando Perfeito de Magalhães e Menezes de Villas-Boas,
arquiteto, aguarelista e publicista nasceu em Marco de Canaveses a 20 de Julho
de 1880, e faleceu em Lisboa, a 29 de Janeiro de 1958.
Filho do Eng. Francisco Perfeito de Magalhães e Menezes (15
de Junho de 1846 – 26 de Dezembro de 1918), 2º Conde de Alvellos, e de Maria
Carolina Pinheiro de Magalhães de Villas-Boas (23 de Julho de 1852 – 18 de
Agosto de 1900), era irmão de Maria, Francisco, José, e João Perfeito de
Magalhães e Menezes de Villas-Boas.
Passa grande parte da sua juventude entre Lisboa, São
Martinho do Porto, Porto e a Casa da Corredoura, em Cambres, Lamego,
propriedade dos seus Pais.
Tirou o curso de Construção e Condução de Máquinas do antigo
Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, concluído em 23 de Novembro de
1899, e o curso particular de Arquitetura regido, no Porto, pelo arquiteto
Michaelangelo Soá.
Casa em 20 de Maio de 1907 com Mafalda Joyce Fuschini,
nascida em 02 de Fevereiro de 1882 e falecida em Agosto de 1962, filha de
Augusto Maria Fuschini e de Maria Rita Joyce.
Deste casamento teve os seguintes filhos: i) Augusto
Fuschini Perfeito de Magalhães e Menezes (22 de Março de 1908 – 19 de Outubro
de 1968) que veio a casar com Maria Luisa Bessone Basto (11 de Agosto de 1920 +
15 de Março de 2012); ii) Manuel Joyce Fuschini Perfeito de Magalhães e Menezes
Villas-Boas (05 de Abril de 1911) que veio a casar com Maria José das Dores Mayer de Morais Palmeiro
(02 de Maio de 1908); e iii) Maria da Graça Fuschini Perfeito de Magalhães (19
de Dezembro de 1912) que veio a casar
com Eduardo Monteiro do Amaral Neto.
Em 1909 foi nomeado para o serviço de estudos e construção
dos Caminhos de Ferro do Minho e Douro, onde, juntamente com o engenheiro
Daniel Comes de Almeida, concluiu o projeto do caminho de ferro da Régua a
Lamego.
Realizou ao longo da sua vida mais de trezentos projetos
para estações de caminhos de ferro (onde se destaca a estação de caminhos de
ferro de Santarém), casas particulares, bairros para ferroviários, postos
sanitários, restaurantes, com especial atenção aos elementos regionais, sendo
também de sua autoria os projetos das estações dos caminhos de ferro do Lena e
das habitações para os seus mineiros e funcionários.
Em 1923 foi nomeado arquiteto de Via e Obras da C. P.,
tendo-se reformado em Dezembro de 1948 por limite de idade.
Obteve vários diplomas de distinção das cadeiras do curso,
de juntas de freguesia e da Câmara Municipal de Alcobaça pelos trabalhos que
executou nessa região, sobretudo em S. Martinho do Porto, e do Instituto de
Socorros a Náufragos (15 de Julho de 1917), entre outros.
Espírito de grandes iniciativas, devem-se-lhe algumas
campanhas de revalorização nacional, onde se destaca a dos moinhos abandonados
lançando a ideia de, além da sua função própria, servir para pequenos
postos automobilísticos e a
identificação de todos os pelourinhos existentes no País, aguarelados, um por
um, e que constitui uma coleção de cerca de 223 aguarelas (compiladas em edição
da Inapa de 1991).
Foi um apaixonado pela construção e divulgação dos relógios
de Sol, tendo apresentado numa interessante exposição, na Sociedade Nacional de
Belas Artes, uma valiosa série de relógios que, além do seu carácter nacional,
constituíam belos exemplares artísticos. Ali apresentou apresentou vários
modelos destinados a castelos, praças públicas, quaisquer edifícios, projetos
para facilmente orientar as populações das cidades, vilas, etc, indo até à
minúcia de desenhar relógios portáteis, para janelas e pára-brisas de
automóveis.
Publicou entre outros : “O senhor Wilson e os seus sete
presentes”,1921; “O pesadelo e a luz d'alvorada da raça”; 1922; “Os dez-reís de
gente de S. Martinho do Porto : contos verídicos“, 1923; e “A Habitação”, 1935.
É ainda da sua autoria um projeto de levantamento
topográfico de S. Martinho do Porto e da sua urbanização racional, bem como a execução de mais de cem emblemas de profissões, feitos em prata.
Colaborou em diversos jornais e revistas tais como
“Atlântida : mensário artístico literário e social para Portugal e Brazil” e o
jornal “A Voz” onde se dedicou essencialmente a escrever artigos dedicados à
arquitetura e à forma de construir de acordo com os materiais de cada região.
Fontes: “Livro de oiro da nobreza: apostilas à Resenha das
famílias titulares do reino de Portugal” de João Carlos Feo Cardoso Castelo
Branco e Torres e Manoel de Castro Pereira da Mesquita, Volume 3; “Ultimas
gerações de Entre Douro e Minho: apostilas ás Arvores de costados das famílias
nobres” de José Barbosa Canaes de Figueiredo Castello Branco, Volume 1; “Grande
enciclopédia portuguesa e brasileira”, Volume 21; “Estudos de Castelo Branco”,
Edições 1-2
Caso tenha informações/documentos sobre a vida de Fernando
Perfeito de Magalhães e Menezes de Villas-Boas por favor envie email para
omaganifico@gmail.com